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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Meu filho é portador da Síndrome de Irlem

A partir de hoje iriei fazer relatos da experiências vividas com meu filho desde os seus 2 anos de idade até o diagnóstico da síndrome.Peço que acompanhem.!!!

Os primeiros sinais

Até aos 2 anos, não via nada de diferente no meu filho mais velho.Até então Emmanuel era uma criança como outra qualquer,com sonhos, atitudes....

Após 6 meses na escola infantil particular comecei a ver meu filho com outros olhos.Nesta época já ficava clara a troca de letras como o C com o T, em frases como “Eu telo tota tola” no lugar de Eu quero coca-cola, já começaram a me chamar atenção.

Na época pensei que fosse comum , afinal nesta idade é muito bonitinho a criança falar assim,e pensamos ser coisa da idade e que com o tempo vai se acertando, como muitos outros exemplos de familiares, amigos e etc.Uma coisa foi útil, ao observá-lo, já sabia que ele tinha freio lingual.Porém achei melhor dar tempo ao tempo e ver se realmente iria melhor.

O tempo passou....Eu engravidei do meu filho mais novo e logo em seguida foi instalada uma escola infantil CMEI pública na cidade.Devo salientar que em vista da outra me parecia ter mais espaço, brinquedos e além de tudo seria economia naquela época que teria tantos custos com a chegada de um novo baby.
Confesso que nesta época, passei por grandes frustrações, chegando ás vezes a me sentir angustiada com algumas situações vividas por mim e meu filho.

Nas apresentações como o Dia das mães ou qualquer outra Emmanuel não podia me ver que logo queria sair de perto dos colegas e dos professores , que sempre permaneciam agrupados em um determinado espaço e assentados a espera de sua vez.O que ele não fazia...e só de ver ele andando de um lado para o outro, já me deixava angustiada...O que os outros iam pensar dele???O que eu pensava lógico!!!Um menino desobediente que não respeita as pequenas regrinhas que a eles eram ali impostas. A professora chama, parecia que ele nem ouvia continuava ali andando, brincando sozinho e se alguma apresentação o chamasse a atenção ele parava e assistia, caso contrário permanecia no seu mundo ali, a andar enquanto os seus coleguinhas estavam assentados. Isso porque eu me escondia porque se me visse não apresentava mais.... Até ai ainda parecia ser comum essa atitude, e sempre penava ou ate ouvia alguns comentário como “não se preocupe , isso é normal, é porque são novos , aos poucos eles vão se acostumando”.

Apresentação na igreja.
Foi ai que descobri que meu filho não gostava de barulho  e nem  de aglumeração de pessoas, o que o fazia  mudar completamente o seu humor.Entrou, fez a apresentação quase forçado,reclamou até ao entrar .Novamente, ao contrário dos outros que queria entrar na igreja e apresentar para todos a música ensaiada, ele queria sumir dali.

E nestas pequenas reuniões ia me frustrando ainda mais, quando via os trabalhinhos de outras crianças. Sem maldade acabava comparando os trabalhinhos e sempre percebia que os que Emmanuel eram sempre os mais feinhos.Mas nunca falei nada!!!Recebia sempre com elogios e agradecimentos porque ficava emocionada. Afinal, era ele quem tinha feito, do jeitinho dele com o carinho único dele. Mas lá no fundo tinha uma coisa estranha........

Hoje percebo porque os papeizinhos de crepom eram colados fora do espaço, ou o barbante não passava na linha reta... Vejo que não tinha interesse pelas letras que as professoras trabalhavam na escola. Ele adorava mesmo era ouvir histórias, músicas e assistir filmes, mas ao contrário das outras não se importava com os livros. Coisa que as crianças da idade dele adoravam folhear e que eu sempre levava para estimulá-lo, não tinha muita graça para ele.

Nesta mesma época, percebia um sono agitado...Emmanuel sempre inquieto durante a noite, arrancava os lençóis e desde bebê chegava a ficar sem as roupinhas de tanto que se mexia ao dormir.E com isso descobri que ele tinha bruxismo.Ele revivia as situações do dia , rangia os dentes que dava pra escutar de longe, chegando as vezes a falar alto as cenas de seu sonho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito importante seu relato, de grande observação e interesse por parte da mãe, exisdte mesmo muitas crianças assim, que deve ser observadas pelos profissionais e elos familiares, sou professora ha muito tempo e percebo que é um assunto interessante e de grande amplitudo para a educação e a felicidade da criança.