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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

JÁ OUVIU FALAR EM É HELEN IRLEN?


Helen L. Irlen é uma educadora reconhecida internacionalmente, pesquisadora, terapeuta, estudiosa e especialista na área de problemas visuo-perceptual.  

Foi assistente do diretor do Departamento de adultos com deficiência de aprendizagem na idade adulta na California State University Long Beach. Pesquisador. 

Liderou  por 15 anos um projeto de pesquisa financiado pelo governo federal dos EUA ,com crianças e adultos com distúrbios de leitura e aprendizagem.
 
Um achado importante do presente projeto de pesquisa foi o fato de que um subgrupo de indivíduos estudados foram capazes de ler muito melhor se os filmes de material de leitura fosse coberto com coloridos.. 

 E nos cinco anos subseqüentes a Sra. Irlen refinou sua descoberta com desenvolvimento do teste de diagnóstico  e do uso de filtros de cor que  foi patenteado.
  
Hoje sabemos da sua importância do método Irlen para o tratamento da leitura,escrita dificuldades. Ms. Irlen é o autora da Leitura com cores. Seu trabalho e divulgado em livros didáticos nos EUA e Inglaterra,  e seu método Irlen e descrito  e debatido em jornais e artigos de revistas em todo o mundo .


Texto traduzido por vdmzip do site:http://www.irlen-center.de/

A mudança


Aos 5 anos e 6 meses Emmanuel foi transferido para Escola Municipal Trajano Procópio, eu fiquei muito insegura e pra ser sincera um sentimento de grande tristeza me tomava porque sabia que ele estava matriculado no primeiro ano do ensino fundamental , porem eu sabia também que havia outras crianças ali, da mesma idade do que o meu pequeno, mas que pelo que os professores diziam tinham o processo cognitivo, bem mais alem do que o do meu filho.

O fato de ele não continuar com a mesma turminha que ele estudava antes, também me machucou muito. Tive que amadurecer a idéia e tentar conviver com aquela situação harmonicamente. Não concordava com o que via, pois ele estava começando, chegando da educação infantil que não tinha obrigação nenhuma em alfabetizar, apesar de eu perceber esse paradigma em muitos professores da rede.

Perguntava-me como uma simples avaliação diagnóstica iria medir o conhecimento do meu filho, que em minha opinião tinha uma visão de mundo até maior que a de muitos meninos que ficaram “digamos na turma A”.

Outra coisa que me indignava era imaginar que o processo de alfabetização iria começar ali e ele poderia com certeza acompanhar os seus coleguinhas, claro da maneira dele, no tempo dele.Era aquela a hora!!!Ele estava ali esperando atenção.... Mas não colocaram o meu filho em uma turma com o rendimento menor e separaram ele de seus amigos, principalmente do Tiaguinho, no qual ele se referia como o melhor amigo e companheiro. E mais uma vez ele foi colocado de lado.

Assim iniciamos o ano de 2009.Emmanuel na turma do 1° ano.

Achei essa mensagem muito parecida com o momento:

“ Muitas das circunstâncias da vida são criadas por três escolhas básicas: as disciplinas que você decide manter, as pessoas com quem você decide estar e as leis que você decidi obedecer”                                                                        
     Charles Millurff

E eu não concordava com o que via, mas não fazia nada para mudar, aceitei o que veio pra eu e meu filho vivermos.

Não me rebelei, não gritei, me escondi e me calei em minha dor a espera de ter o filho que sonhei.Mas era tão ingênua que não percebia que meu filho era uma dádiva, que ele era muito mais do que uma simples avaliação elaborada por pessoas que se imaginam aptas a avaliar uma criança,a avaliar seu desenvolvimento que esta começando ali, pessoas que se pensarmos bem podem estar podando, excluindo através de seus conceitos, paradigmas e resultados uma vida sem frustração, de infelicidade e de sentimento de inferioridade.

Um pesar, porque assim , como o meu filho tantas outras crianças devem se perguntar o que tem de errado comigo????Por que estou aqui e não La?Eles são melhores que eu???? Eu penso que elas não estão erradas, estão sendo crianças que devem ser respeitadas em sua individualidade.Errados somos nós que em nossa mediocridade nos julgamos ser capazes de medir ate onde vai uma criança.

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Voltando as confidências...


Apesar dos resultados dos exames e consultas com os oftalmologistas comuns não relatarem nada eu ainda continuava encucada com o meu filho que nesta época já tinha cinco anos.Isso porque ele continuou trombando nas quinas dos moveis, caindo, se machucando e sempre com as canelas roxas.

Alguma coisa bem no fundo me dizia para procurar porque com certeza era um criança que não se enquadrava no cabal da idade.

Percebia desde os primeiros dias na escola infantil, em suas atividades percebia traços deslocados, coloridos que saiam totalmente fora do padrão normal de uma criança de sua idade. Nas apresentações na escola, eu sempre ficava ansiosa e nervosa porque ele nunca ficava sentadinho com a turminha perto da professora. Se me viesse então, ai ele nem apresentava, apesar de decorar a fala dele e de todos os outros coleguinhas.

Em sua oralidade percebia a troca de letras e uma grande dificuldade dele em pronunciar palavras com R como a palavra BARATA. A famosa síndrome do cebolinha, srsrsrsr. Mas achava normal e pensava que como muito isso era comum e com o tempo mesmo melhorava.

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Estou de Volta

Bom! Caros leitores,

Apesar de um bom tempo afastada, devido aos meus problemas de saúde agora estou de volta com muito gás e a fim de compartilhar com vocês a minha experiência como mãe, professora e psicopedagoga que lida com uma criança portadora da Síndrome de Irlen.

Hoje deixo um provérbio chinês que li no livro da Ana Maria Braga A espera dos filhos da Luz.

“Jamais desesperes, mesmo perante as mais sombrias aflições de tua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda”